Indo num movimento contrário ao que víamos anteriormente, em que os grandes shoppings centers eram as estrelas do varejo, o mercado hoje percebe uma tendência ao crescimento do comércio de rua, especialmente os organizados em forma de “street mall”, com foco em conveniência e regionalização do comércio, ou seja, nos bairros.
A ideia é facilitar o dia a dia dos moradores, evitando grandes deslocamentos. São as chamadas “novas centralidades”, que suprem necessidades dos consumidores em termos de comércio e serviços. Como tem esse propósito, os negócios que se instalam nesses locais geralmente estão voltados à conveniência, facilitando o cotidiano dos moradores e dos clientes que passam pelo local, como farmácia, salão de beleza, padaria, pet shop, academia e lavanderia.
A tendência é bastante inspirada no modelo norte-americano, onde os shoppings passam por uma crise. De acordo com o E-commerce News, segundo previsão do banco Credit Suisse, entre 20% e 25% dos shoppings centers dos Estados Unidos deverá fechar até 2022, perdendo concorrência frente às novas tendências e comportamento do consumidor.

Com um custo operacional bem menor do que os tradicionais shoppings, muitos empreendedores consideram os street malls como uma aposta menos arriscada e mais vantajosa. Opções de comércio e serviço em bairros planejados, como no Altos da Figueira, em Guaíba, são ótimas oportunidades em função da demanda gerada pelos moradores e pela valorização gradual destes locais, já que os bairros planejados têm o poder de se transformarem em verdadeiros polos de desenvolvimento econômico das cidades em que se instalam.