Novo Urbanismo: uma inspiração para o Altos da Figueira

Espaços que priorizam a qualidade de vida por meio de um desenho urbano inteligente, que possibilita conectividade e interação entre os moradores e usuários, que tem edificações com funções mistas de habitação e trabalho, com boa estruturação das quadras e planejamento adequado ao aumento da densidade populacional. Esses são alguns dos princípios do movimento chamado Novo Urbanismo que estão presentes na concepção do bairro planejado Altos da Figueira, que está sendo construído em Guaíba/RS.

O Novo Urbanismo é um movimento surgido no início dos anos 80 nos Estados Unidos, como uma reação ao crescimento desordenado dos subúrbios no país. Como resposta a isso, arquitetos urbanistas norteamericanos se uniram em torno de ideias convergentes sobre a necessidade de criação de projetos voltados às pessoas, regido por princípios de sustentabilidade, qualidade de vida, acessibilidade, vizinhança e vida em comunidade. Tudo isso de maneira coerente com a região onde esses locais estariam inseridos.
As principais ideais que inspiraram a criação deste movimento estão escritas na carta do Novo Urbanismo, de 1996. É um documento que estabelece os fundamentos para o planejamento urbano regional, da cidade e do bairro. A Carta deixa claro o que pensam os idealizadores do movimento: a ideia principal é evitar o que eles chamam de “proliferação de expansões urbanas sem sentido”, que acaba por destruir solos agrícolas e espaços naturais, preservando, assim, “a história, o clima, a ecologia e as práticas construtivas locais”.

Inspirado por essas ideias, criamos um projeto inovador para Guaíba. A proposta do Altos da Figueira é concentrar, em só um local, possibilidades de moradia, trabalho, consumo, lazer e convívio, totalmente integrado à cidade. Esse uso misto do local, aliado à diversidade de moradias (outros dois princípios do Novo Urbanismo) farão com que haja melhor aproveitamento da região que está nascendo na cidade. Além disso, facilitará deslocamentos e a interação das pessoas, promovendo a criação de vínculos pessoais e construção de identidade local, fundamentais a consolidação do bairro e sensação de pertencimento à nova comunidade que se cria.

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